A DIVINA
PROVIDÊNCIA DO
CRAVO E DA ROSA
Copyright © 2004 - Evangelista Mota Nascimento
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no todo ou em parte, constitui violação dos direitos
autorais (leiN°9.610). 1" edição, impressa em 2004:
500 exemplares
Digitação:
Evangelista Mota Nascimento Projeto Gráfico,
Diagramação, Impresão e Acabamento:
Gráfica e Editora Júnior Ltda. (99) 538 -1468
Capa:
Elio de Sousa Soares (Gráfica
Júnior) Orelha:
Francisco Bueno
Júnior Prefácio:
Luís Gonçalves Costa
Apresentação:
Marcos António Silva
Camelo Revisão:
Francisco das Chagas Pereira Vieira
Nascimento, Evangelista Mota.
A Divina Providência do Cravo e da Rosa /
Evangelista Mota Nascimento; prefácio de Luís
Gonçalves da Costa - Açailândia-MA: Gráfica
Júnior, 2004.
40p.; llxlócm; il
1. Literatura Maranhense - Romance. I.
Nascimento, Evangelista Mota. II. Título
CDU: 869.0(812.1)82-31)
SUMÁRIO
Prefácio ......................................................... 5
Apresentação .................................................7
Resumo..........................................................9
Introdução ....................................................10
A divina providência................................... 11
O caboclo da roça na escola ....................... 14
O cravo e a rosa........................................... 20
PREFÁCIO
O professor Evangelista Mota
Nascimento, sempre surpreende no campo
literário. Sendo autor de vários livros, de
grande aceitação do público leitor, desta feita,
chega às nossas mãos para ser prefaciada, sua
mais recente obra, intitulada: "A DIVINA
PROVIDÊNCIA DO CRAVO E DA ROSA",
um Romance que dá prazer em lê -lo.
A DIVINA PROVIDÊNCIA DO
CRAVO E DA ROSA foge à utopia e espelha
a realidade. O personagem do livro, um jovem
simples, do interior, que até a sua
adolescência, nada conhecida fora de sua
comunidade e, sem qualquer instrução
escolar, onde toda sua experiência era o
trabalho forçado - trabalho típico do
sertanejo.
Começou a vivenciar uma nova
experiência, depois que se decidiu por
conhecer o mundo lá fora, ou seja, por
conhecer outras cidades, outras regiões e,
logicamente, outros povos. O convívio com
pessoas diferentes das que antes lhes
cercavam no dia-a-dia, foi um passo
importante para o jovem - personagem
principal do Livro, a quem o autor sabiamente
aplica-lhe o pseudónimo de "Cravo".
A linguagem usada pelo autor a esta obra é
bastante simples, mencionando na história
ele- mentos comuns ao homem interiorano, tais
como: a "quinta", o "cabresto", a "cuia" e o
"milho". Todos esses elementos são bastante
comuns aos pequenos proprietários rurais,
possuidores de animais de serviços para a
labuta cotidiana.
A proporção que lemos o presente livro,
temos a ideia de que estamos vivendo aquele
momento histórico. Com isso, entendemos ter
sido bastante válido o escopo do Professor
Evangelista Mota Nascimento ao escrever esta
tão importante obra.
Luís Gonçalves da Costa, Bacharel em
História,
Poeta, Professor e Membro da
Academia Açailandense de Letras.
APRESENTAÇÃO
Apresentar uma obra que o autor
expressou que a "A essência da sabedoria é
uma manifestação que o homem recebe de
Deus, na hora de criar um projeto qualquer,
seja ele literário ou de entretenimento, onde a
humanidade e a simplicidade dignificam
qualquer ser humano, independentemente de
raça, classe ou cor", é tarefa para escritor
profissional e não para um amador como eu,
mas, disse um poeta, "Todo aquele que tem
medo de jogar não receberá galardão".
Refletindo sobre isso, posso afirmar
que o livro A divina Providencia do Cravo e
da Rosa é uma obra literária que abrange um
tema bastante palpitante, onde o autor relata a
história de um jovem cidadão maranhense,
uma pessoa simples e determinada, que
decidiu deixar sua terra natal, seus parentes e
amigos, para buscar novos hori zontes na
cidade, pelo simples motivo de acredi tar que
seu futuro estaria lá.
Os protagonistas da história, o Cravo e a
Rosa, na imaginação do autor, são de ficção,
mas na nossa concepção, são cristãos
apaixonados pela natureza, a ponto de
passarem muitas horas a observarem,
contemplarem e admirarem o simples fato de
abelhas, borboletas e beija -flores retirarem
das flores o seu doce néctar.
A competência e a determinação do
protagonista da obra tornou, um excelente
estudante numa pessoa da sociedade local,
onde conheceu Rosa, uma linda mulher que
lhe inspirava vida, proporcionando-lhe
alegria, tristeza e angústia. Entretanto, o livro
não se limita somente a isso, envolve também
outros assuntos, que vale a penas você, leitor,
adentrar e desfrutar de pensamentos literários
como os do professor Evangelista Mota
Nascimento.
Enfim, o livro a Divina Providência do
Cravo e da Rosa, reflete "A suprema sabedoria
com que Deus dirige a todas nós".
Marcos António Silva Camelo, Bacharel em
Administração de Empresa e membro da
Academia Açailandense de Letras.
RESUMO
Escreveu o poeta, que resumo é o ato
da exposição abreviada que o escritor usa nas
sucessões de acontecimentos, das
características gerais de alguma coisa, que
tende a favorecer a visão global do leitor
sobre o artigo que leu.
O texto permite mostrar que a
imaginação do homem é infinita, basta que
ela seja colocada em prática, de forma
organizada ou canalizada.
Dessa forma, é o desenvolvimento
desta obra, de tamanho pequeno, mas de
grande conteúdo literário, pois aborda o que
o cérebro humano é capaz de criar em cima
de uma simples observação de abelhas,
borboletas e beija-flores, no jardim de uma
praça pública.
INTRODUÇÃO
O protagonista deste romance, mesmo
desprovido de conhecimentos das letras,
porque residia numa região que não havia
escola ou qualquer outro tipo de informação,
teve toda sua vida de criança e adolescência
matutando em um dia ser doutor e, quando
alcançou a sua maioridade, dos seus pais se
despediu e foi para a cidade estudar. Lá teve
apoio de muitos anónimos e do poder
público.
Usando de sua simplicidade e
humildade, observou abelhas, borboletas e
beija-flores retirando das flores que
jardinavam a praça central daquela cidade,
o néctar, para mais tarde transformá-lo em
mel e, pela divina providência, teve sabedoria
para transformar um personagem tão simples,
numa rica história cultural.
O autor.
A DIVINA PROVIDÊNCIA
A essência da sabedoria é uma
manifestação que o homem recebe de Deus,
na hora de criar um projeto qualquer, seja ele
literário ou não literário.
A suprema sabedoria do Senhor de toda
humanidade é tamanha, que conduziu na
alma de um jovem rapaz do interior, um
projeto audacioso, "sair de sua terra natal
onde vivia, no aconchego dos seus pais",
para morar em um lugar que ele não
conhecia, mas sentia que ali estava o seu
futuro.
Aos vinte dias de fevereiro de 1969,
numa quinta-feira, silenciosamente ele levantou
da rede, foi até o varal de arreios, no gancho
da forquilha pegou o cabresto de seda; no
paiol, pegou uma cuia e uma espiga de milho
e seguiu para a quinta, onde seu cavalo
pastava. Como o capim estava orvalhado, em
cima da porteira ele debulhou o milho dentro
da cuia e o sacudiu. O ritual era tão conhecido
que o alazão, ao ouvir aquilo, veio re linchando
até a porteira e, sem nenhuma resistência,
deixou-se laçar.
Na cocheira do pátio de sua casa, aquele
animal foi amarrado e selado; na carona botou
sua roupa, do lado direito dos alforjes colocou
farofa com rapadura e no esquerdo chinelos
e sapatos. Dos seus pais se despediu, de
quem recebeu as recomendações,
"humildade e sinceridade em tudo que
pretendesse fazer na sua nova moradia".
Depois da despedida, montou no seu alazão e
partiu por uma estrada vicinal, em direção ao
norte. Naquela estreita estrada de chão, seu
cavalo marchava sem parar, o que produzia
ondas sonoras que vibravam nos seus
ouvidos, como se fosse uma bela música
clássica em todo percurso
da viagem.
Ao pino do sol, na casa de pedra
chegou, em um tronco o cavalo amarrou e dos
seus donos pediu um balde para retirar do
poço, com mais de 120 metros de
profundidade, água para dar de beber a seu
animal, que espumava de sede. Depois dos
alforjes, retirou a farofa e a rapadura e fez
seu desjejum. Saciada a sede do cavalo e a
sua fome, daquele lugar se retirou em direção
ao destino traçado, aonde chegou no fim da
tarde.
Lá não conhecia ninguém, mesmo assim pediu
abrigo na residência de uma viúva, que apa -
rentava ter cinquenta anos de idade. Um tanto
desconfiada com a presença daquele
desconhecido, que sem acanhamento pedia -
lhe hospedagem, mesmo assim, ela olhou no
rosto do rapaz e viu que era boa gente e, sem
mais demora, ordenou lhe que, numa sala de
sua residência, colocasse sua bagagem,
enquanto arranjava um lugar para morar. No
momento que ele se arranchava na casa daquela
bondosa viúva, passou por ali um vaquei ro da
sua família, como tal, do rapaz rec ebeu o
cavalo e o levou de volta para casa.
No dia seguinte, uma sexta-feira, da sua
rede levantou muito sedo e foi à praça central
da cidade fazer uma caminhada. Ao redor
daquela praça, estava uma Escola Municipal,
uma Igreja Católica e uma Evangélica, o
Mercado Central e muitas lojas de comércio.
Em uma das igrejas adentrou e orou; numa
longa conversa que teve com Deus naquela
casa de oração, dele pediu sabedoria e luz
para o seu novo projeto de vida. Na escola,
falou com a diretora, a quem solicitou
matrícula para o ensino básico.
O CABOCLO DA ROÇA NA
ESCOLA
Quando o destemido caboclo da roça
deixou seus familiares no interior, onde
moravam na mais completa harmonia com a
natureza, faltavam poucos meses para ele
completar seus dezoito anos de vida, porém,
sem nunca uma escola ter frequentado, a não
ser aquela ensinada pelos seus pais. Mas a
divina providência do criador de todas as
coisas, tornou-lhe um sujeito de visão e
determinação, para seguir um novo projeto
de vida, "estudar e trabalhar na c idade".
Depois de matriculado na Escola
Municipal Duque de Caxias da cidade que
escolheu para morar e trabalhar, recebeu da
Diretora o calendário escolar, que marcava o
dia três de março como início das aulas. No
dia e hora marcada, lá pelas 19:30h, naquela
casa de ensino adentrou e no primeiro banco da
sala ele se sentou. A garotada logo foi
chegando e sentando no restante dos bancos
daquela sala. Foi a sua primeira experiência
como estudante. Mas, apesar de ser um
caboclo da roça, em poucos dias se adaptou
com toda turma, que era mais jovem do que
ele.
Mesmo sendo tímido, aquele jovem rapaz
conseguiu fazer amizade com todos os
colegas e os professores da escola,
principalmente com a diretora, quem muito
lhe ajudou a se adaptar com os costumes da
cidade.
Passados alguns dias, a diretora da
Escola, recebeu a visita de dois ilustres
vereadores daquela cidade, João e Sebastião.
Enquanto ela conversava com aquelas
autoridades municipais, educadamente o
forasteiro rapaz bate à porta do seu gabinete,
com toda gentileza a professora Simplícia
levantou-se da sua cadeira e abriu a porta,
com palavras dóceis, manda que ele entre e
sente-se na cadeira da diretora. Educadamente
ele cumprimentou as três autoridades que
estavam na sala da diretoria. À diretora da
escola e aos dois vereadores da Câmara
Municipal agradeceu o assento, mas pediu
emprestado um caderno de literatura, um lápis
e um livro de gramática, que foi atendido
imediatamente.
Entusiasmados com tanta gentileza e
pela forma que a diretora da escola sol icitou
o seu material de estudos, aqueles nobres
vereadores perguntaram a ele:
- De onde você veio e qual o seu nome?
- Do sertão eu vim e me chamo
"Sofredor"
- respondeu o rapaz
- Por que Sofredor?
- Perguntaram novamente os
vereadores.
- Não tenho documento, moradia e nem
dinheiro para comprar alimento. Há alguns dias
atrás cheguei nesta cidade, onde fiquei
hospedado na casa de uma gentil viúva. Na
sua residência armo minha redinha para
dormir, pela manhã do seu café tomo um
pouco, meio dia almoço e à noite janto arroz
com feijão, a comida que mais comia lá no
sertão - argumentou o rapaz. Como ela não
tem mais forças para trabalhar, já me avisou
que procurasse um lugar para morar e
trabalhar.
Deslumbrados com aquela prosa, os
vereadores insistiram, perguntando a ele:
- Como pode se matricular numa escola
pública, se nem nome tem?
-Ora, estudar era o que eu mais queria,
documentos tira-se, respondeu ele.
Sem uma só palavra, aquelas
autoridades ofereceram-lhe, moradia e
trabalho.
O local que lhe deram para morar f oi um
depósito de algodão, sem piso e forro. Com
20 metros de pano e uns pedaços de tábuas
que ganhou de um amigo, fez a divisão do
salão, separando assim o algodão da área que
iria morar e trabalhar no seu laboratório de
próteses dentárias. Apesar de fazer parte da
área central daquela cidade, a rua que dava
acesso ao depósito, estava isolada do tráfego
comercial, mesmo as sim, o rapaz lá colocou
uma placa, e ficou por ali, gritando:
- Olha a prótese dentária! Foi o
suficiente para, em poucos dias, ele arranjar
uma clientela.
As suas refeições eram feitas em um
hotel popular que cobrava do povo pelo
almoço e jantar a bagatela de vinte contos por
mês. A roupa que sujava era lavada por uma
jovem moça, que cobrava pelos serviços
cinco cruzeiros por mês.
Uma semana depois, foi à farmácia de
um dos vereadores que havia lhe visitado na
escola. Do seu proprietário comprou alguns
medicamentos para verme e inflamação.
Comprou também, algumas vitaminas e foi
vender nos povoados dos arredores da cidade.
Pela compra assinou uma nota de dezesseis
cruzeiros. Como era pouca coisa, numa mala
de couro colocou tudo que comprou, atirou-a
no ombro e seguiu viagem em direção ao
povoado Lagoa Nova, um lugarejo que ficava
cerca de duas léguas da cidade. Lá chegando,
rapidamente vendeu toda mercadoria, um
apurado de vinte oito cruzeiros.
Na casa de um sujeito que atendia pelo
nome de André ficou hospedado até o dia
seguinte. Quando retornou à cidade, foi direto à
farmácia do vereador, lá chegando, do bolso
retirou o dinheiro e disse:
-Meu padrinho, traga minha nota, aqui
está o dinheiro, quero pagar a minha conta -
respondeu confiante.
- Calma! Disse o gerente da farmácia.
Primeiro veja o que está precisando e depois
trago anota. Pelo o que já levou só vou cobrar
a metade (oito cruzeiros), o restante é uma
ajuda que vou lhe dar na compra do seu
fardamento colegial - Respondeu o amigo,
comovido.
Foi o bastante para aquele mascate
viajante suspirar fundo e sentir-se mais à
vontade com Sebastião, o vereador que tinha
lhe dado a mão. O ganho que teve com a
vendas dos medicamentos e algumas próteses
que pegou para fazer, deu para pagar a pensão,
a lavanderia e o seu fardamento escolar.
Quando chegou no seu ranchinho, um
banho tomou, atou sua redinha que estava
pendurada no gancho da parede, nela se
deitou e ficou pensando: - "Como é grande a
divina providência do Senhor Jesus"!
Meditando sobre tudo aquilo, pegou da
prateleira que guardava seu material escolar,
um livro de Karlfried Graf, e leu a seguinte
mensagem: "Certa vez. o filósofo escreveu: -
Quando você se lança numa onda, mesmo que
pareça distante, não desista, vá até o fim. Os
caminhos que trilhamos
são belos, abaixo, acima, à esquerda e à
direita, por isso não tenha medo de seguir, seja
qual for o destino ".
Como estava cansado da viagem, logo
depois de ter lido aquele lindo conto, dormiu
até o romper da aurora do dia seguinte,
quando acordou tirou o pijama, vestiu uma
calça de perna curta e uma camiseta de malha
fina, calçou um par de ténis e saiu em direção
à praça para fazer sua caminhada de cada dia.
No dia 23 de dezembro de 1971, foi à escola
que estudava, receber das mãos da sua diretora
o Certificado de conclusão do ensino básico.
Para a sua surpresa, lá encontrou uma multidão
de pessoas, autoridades e civis que o
esperavam, cantando parabéns, por ter sido o
aluno nota dez daquela cidade.
O CRAVO E A ROSA
Como de costume, na praça daquela
cidade, umas trintas voltas, mais ou menos,
era o que andava todos os dias por aquelas
largas e retas calçadas, que sempre estavam
perfumadas com o aroma das flores (Cravos e
Rosas) que brotavam nos vários canteiros da
praça.
Aquele dia amanheceu nublado, o céu
estava embaçado, com uma fina garoa que caía
pelas ruas da cidade, um fenómeno que
deixava as folhas e as flores das árvores
completamente orvalhadas. Uma beleza que a
natureza criava naquela região,
constantemente, o que chamava muitas
abelhas, borboletas e beija -flores, retirando
das flores o seu perfumado e doce néctar, um
fenómeno que sempre acontece no sertão e na
região dos cocais maranhenses, na época que
se aproxima a primavera. Era tudo muito lindo
naquela manhã, por isso aquele jovem atleta
parou sua caminhada na terceira volta e
sentou-se em um dos bancos de madeira que
havia do lado de um dos jardins do miolo
daquela praça.
Sentado naquele banco, passou a
observar a movimentação das abelhas,
borboletas e beija-flores voando sobre as
flores, era uma bonita festa, que aqueles
minúsculos animais faziam har -
moniosamente, quando beijavam aquelas
perfumadas flores de tonalidade variável:
amarelas, brancas e rosas.
Encantado com tanta beleza e com a
sinfonia que o canto dos passarinhos
orquestravam pelos galhos das árvores, que
jardinavam aquela praça, hipnotizou-se aquele
jovem observador que sonhava em ser
professor.
O malabarismo das abelhas, borboletas
e beija-flores sobre aquelas flores era tão
organizado, que mais parecia que tinha sido a
própria natureza, que proporcionava tanta
beleza naquele jardim. Vendo tudo aquilo, o
rapaz resolveu parar completamente com sua
caminhada para ficar ali, por um longo tempo,
observando aquela movimentação daqueles
minúsculos animais.
Depois de uma longa meditação sobre
tudo que acabara de ver e ouvir, retornou -o a
sua residência. Quando em casa chegou, um
banho tomou e trocou de roupa. Foi à
geladeira procurar alguma coisa para comer,
e assim fazia o seu desjejum, era a sua
primeira refeição do dia. Minutos depois, foi
até à escola que estudava, lá re tirou da
prateleira da biblioteca um livro de con to,
escrito pelo professor Olegário Mariano, um
poeta que dedicou toda uma vida escrevendo
as mais belas e bem rimadas poesias.
Na primeira página que abriu, estava
escrito "cravo é um condimento, retirado da
flor do craveiro da-índia. É também um prego,
que pode ser utilizado em ferraduras nos pés
e nas mãos dos crucificados na cruz".
Um pouco mais adiante, dizia: "rosa é
um elemento da botânica, uma ciência que
estuda a roseira, uma planta que brota nos seus
galhos lindas flores, formadas por corolas
dobradas e conchas de muitas pétalas, que são
formadas à custa da transformação dos
estames. Tem colorido variado (branco,
amarelo e vermelho), aspecto belo e delicado,
e com aroma agradável".
A filosofia empregada pelo poeta
Olegário, naquele livro, deixou ainda mais
emocionante a leitura que aquele jovem rapaz
fazia ali. Ele via o verdadeiro significado da
revoada de abelhas, borboletas e beija-flores,
no jardim da praça que fazia sua caminhada,
naquele amanhecer de chuva fina.
Sentado naquela cadeira e debruçado sobre
aquele livro, em um instante chegou na sua
mente a ideia de colocar no papel tudo o
que tinha visto e ouvido, naquela manhã de
caminhada pela praça central da cidade que
morava. Porém, antes de tomar nas mãos a
sua caneta, batem a sua porta. Rapidamente
ele se levanta do seu aposento e vai atender,
pois batiam insistentemente. Ao abri -la,
tomou um susto, era um grupo de amigos
que tinham ido fazer-lhe uma proposta.
Informado do assunto que eles iam
tratar, pediu-lhe que entrassem e
sentassem num banquinho de madeira, que
estava escorado no canto da parede.
Quando todos estavam sentados, um
senhor de cabelos grisalhos começou o seu
discurso dizendo:
- Sou um profundo conhecedor da sua
determinação, da sua vontade de fazer tudo
bem feito, por isso quero lhe dizer que toda
essa gente aqui presente, forma um grupo
político que pretende vencer as eleições de
15 de novembro, para isso nada mais justo
tê-lo como coordenador político da nossa
campanha.
Calado ficou por alguns minutos, até
que chegou a palavra. - "Não é o tamanho do
sacrifício, mas, o tamanho da
responsabilidade é que faz o homem mostrar
do que é capaz, de fazer, no meio de muitos
medalhões com títulos de doutor. Por que um
forasteiro, sem possuir sequer um só título de
doutor é o escolhido para tamanha responsabilidade?"
Respondeu o rapaz
admirado, porém aceitando o desafio.
Logo na sua primeira reunião
demonstrou firmeza e organização,
propondo ao grupo, total união, respeito e
determinação, pois se assim o fizessem
seria possível col her resultados
satisfatórios no que buscavam, isto é,
"ganhar a eleição". Continuou dizendo:
- Vocês sabem que a Câmara
Municipal é formada por nove cadeiras, o
nosso adversário tem bons candidatos, se
quiserem eleger um número maior de
vereadores, a sugestão é diminuir a quantidade
de candidatos a vereador, quem sabe uns dez
- Explicou o coordenador. A chiadeira foi
geral, mas dos quarenta e oito pretendentes,
somente dezoito daquele grupo registraram
suas candidaturas. Resultado: seis
conseguiram se eleger a vereador, porém, por
21 votos perderam a eleição para prefeito.
Naquela época, ainda não existia a lei
de responsabilidade eleitoral, razão aquela
que proporcionou ao coordenador da
campanha oferecer aos eleitores que lhe
pediam ajuda: três mil e cem extrações de
dentes e duzentas e dez dentaduras,
gratuitamente.
Terminada a campanha eleitoral, a
sociedade daquela cidade se reuniu
novamente, em local apropriado, com aquele
talentoso rapaz, para eleger-
lhe presidente do único clube social que
havia naquela localidade.
Como era um rapaz corajoso, aceitou
mais um desafio naquela cidade. Em poucos
dias de administração ele contratou um dos
mais famosos cantores de música clássica do
seu país, para fazer, naquela cidade, um show
beneficente.
No dia e hora marcada do show, aparece
lá no céu um barulho estranho, que deixou
muitas pessoas apreensivas, principalmente os
mais jovens, todos correram para o terreiro de
suas casas para olhar o que estava
acontecendo lá em cima. Era um enorme
bicho de asa dura, o qual voava suavemente
por cima das casas, lançando panfle tos que
anunciavam o show, que aquele famoso
cantor iria fazer naquela cidade. Como a
maioria daquela gente não conhecia avião,
dele só ouviam falar, ficaram um tanto
alvoroçados, mas saíram em direção a uma
estrada vicinal que ficava nas proximidades
do centro, onde o avião iria pousar, para
olharem de perto o bicho no chão.
Por ser de chão batido aquela pista,
quando o avião tocou em terra firme, a poeira
tomou conta de todo aquele local, mesmo
assim a moçada partiu para cima do artista
para pedir-ihe autógrafo.
No meio daquela multidão de meninas,
estava o jovem presidente do clube, para
receber o cantor, trajando uma camisa de
mangas longas, e de pano passado, barba
raspada e bigode um tanto alongado, chamou
a atenção de algumas garotas.
Por ser alto, olhos e cabelos castanhos,
chamou atenção, principalmente, de uma
elegante moça que estava do seu lado. Ela
também era alta, rosto e cabelos compridos,
uma blusa de seda de cor dourada,
aparentando ter uns vinte anos de idade. O
calor do sol e a poeira deixou-a um tanto
agoniada, no meio daquela multidão.
Do seu rosto descia suor. O rapaz vendo
que ela não tinha lenço para se enxugar, do
seu bolso retirou um gomado lenço de seda
que estava perfumado com cravo da índia e,
com toda gentileza entregou-o àquela moça
que, ao recebê-lo, enxugou o rosto e, em
seguida, beijo-o dizendo:
- "Este é o cravo que preciso ter no
meu jardim".
Em retribuição a sua gentileza, o rapaz
respondeu:
- "Na qualidade de ecologista e
defensor da natureza, vejo no seu rosto uma
flor que brota
da roseira, o seu perfume invade-me a alma,
como tal, gostaria de ter tão linda e
perfumada rosa, no jarro que decora a mesa
de jantar da casa que nela moro ".
Daí em diante a conversa entre os dois
fluiu com um pouco mais de intimidade. De pé
saíram os dois daquele improvisado aeroporto,
para seus aposentos onde foram se preparar
para o grande show que iria acontecer há
alguns instantes, naquela cidade. Na estrada
de terra, eles andavam um tanto afastados um
do outro, mas combinaram se encontrar no
baile, que começou pontualmente às 22h.
Como era uma festa de gala, rapa zes e moças
bem arrumados chegavam de todos os lados.
Os casais sentavam-se nas mesas que já
estavam reservadas.
O presidente do clube, sem querer
mostrar sua autoridade, também chegou na hora
marcada, porém sozinho. Numa cadeira que se
encontrava ao redor de uma mesa, a qual
estava com uma fita branca, escrita a palavra
"reservada", lá pelo can-tinho da parede ele se
sentou. Pegou alguns trocados do bolso e
comprou um refrigerante para tomar, quando
de repente surgem as moças com as quais
havia se encontrado, no aeroporto. Ela estava
acompanhada de várias colegas. Como ele
estava de cabeça baixa, não viu na da.
Mas com um descontraído "psiu" ela o
despertou. Ao levantar a cabeça, viu a aquela
donzela na sua frente; com afago a convidou
para sentarem-se na cadeira que estava do
seu lado. Educadamente ela aceitou o
convite.
Já sentadas, apresentou as meninas que
andavam com ela. Minutos depois, elas
pediram licença para se retirarem da mesa,
num gesto amigável para deixar os dois mais
à vontade.
A sós ficaram os dois, com sorriso
elegante e tranquilo, o rapaz ofereceu à moça
um copo de bebida e fez elogios, indagou
sobre a sua família o que a princípio, deixou-a
um tanto assustada com o que via e ouvia das
suas palavras, mas entendeu e respondeu a
todas as suas perguntas.
- Sou filha de dois anciões, que ainda
traba lham na agricultura de subsistência, com
os meus
irmãos.
- E os seus familiares, quem são?
Pergun tou a moça, curiosa.
Mesmo tímido, ele respondeu à pergunta da
moça:
-Meu pai tem nome de rei, a minha mãe
de rainha, também são agricultores por
vocação, lá
no médio sertão e tenho mais dez irmãos.
Aqui neste lugar de muitas mulheres
bonitas como você, estou estudando e
trabalhando
como mascate viajante. Moro num armazém,
almoço e janto numa pensão popular, que
fica de frente para a praça central. Pelo
almoço, jantar e roupa lavada, pago vinte
cinco contos por mês.
Naquele momento, os músicos aqueciam
os tambores e uma valsa tocou, a primeira
música do show que começou com força e
vigor, com isso todos os casais foram dançar,
ficando o salão totalmente ocupado com os
dançarinos.
Por terem dançado bem aquela valsa,
tornaram-se o casal mais elegante e
simpático daquela festa. Mesmo discretos,
os dois sorriam e conversavam sem parar.
Quando iam dançar, todos paravam para vêlos
valsarem. Ao terminar a parte, eles
pediam bis e, quando se sentavam, as
conversas rolavam descontraidamente entre
os dois.
Cravo, como ela mesma o chamou no
aeroporto, na intimidade de namorado,
sutilmente passou-lhe a mão na sua cintura
dizendo:
- Rosa, você é uma linda mulher, tem
corpo delgado, rosto angelical, de forma
graciosa, uma languidez eflúvio, parece um
vaso de fina porcelana, o qual se toca com
receio de quebrar. Você parece ter grandes
pretensões, é uma linda e per fumada flor,
daquelas regadas com água mineral, nos
jardins mais bonitos desta cidade. Seu alon -
gado rosto se afeiçoa a seus cabelos
castanhos, uma pele rosada e macia; a testa lisa
e bem moldada; os olhos brilham como um rubi,
depositado num dos mais luxuosos porta-jóias
das grandes joalhe-rias deste imenso país.
Aquelas dóceis palavras fizeram a moça
estremecer da cabeça aos pés, mas aceitou tudo
com tranquilidade. Estava mesmo ofegante,
sua beleza realçava um sentimento que mexia
no fundo de sua consciência, era uma coisa
sem igual. Tinha total paciência e
tranquilidade. Toda aquela elegância tornavalhe
ainda mais carinhosa, o que fez com que os
dois trocassem alguns beijos durante e depois
da dança, um aconchego que a música
prescreve ou permite entre os pares que estão
se amando.
Quando a festa estava próxima a
terminar, Rosa provocou o seu amado Cravo,
dizendo-lhe:
- Encontro como este deve acontecer
por mais vezes!
Cravo, que já tinha perdido parte de sua
timidez, concordou com aquela oportuna e
simpática proposta, tanto é que a convidou,
para um breve passeio no pátio do clube,
justamente onde estavam as irmãs da moça,
conversando com amigos.
No decorrer daquela caminhada, o
rapaz imaginava consigo mesmo: - "Será
verdade ou falsidade o que esta moça está
me propondo, talvez ela pense que tenho
muito dinheiro". Sem nada mais a falar,
ficou de cabeça baixa, pensando em como se
desculpar, mas não teve coragem, apenas
disse:
- Você tem vazão, no início da nossa
con versa falei-lhe que tinha um trabalho e
uma esco
la, que me ocupava todo o tempo, mas ficar
do seu lado é tudo que quero, no e ntanto,
tenho que
limitar estes maravilhosos encontros. Talvez,
uma vez por mês é o que vou ter disponível
para você.
Rosa compreendeu aquele discurso,
mas retrucou-lhe, dizendo:
- Nem só do trabalho e estudo vive o
homem; o amor e a sociedade fazem part e
de en
contros como este, portanto é bom acontecer
de novo - Disse ela.
Cravo novamente interrompeu a sua
conversa, chamou-lhe a atenção, dizendo:
- Sua beleza muito me surpreendeu!
Fez-lhe um novo cumprimento e passou
a contemplar-lhe as virtudes.
- Você tem cara de rainha, que
convenciona as grandezas involuntárias de um
pobre rapaz que
veio lá dos confins maranhenses para ser feliz
neste lugar, ao lado de uma linda moça como
você, uma majestade que tudo pode - Elogiou o
Cravo. Calmamente ela ouvia os tantos
elogios. O rapaz tinha na alma a satisfação em
tê-la como namorada, porém procurava não
passar tal impressão, uma imaginação um tanto
confusa, pois ele sempre deixava nas suas
conversas alguns suspenses, principalmente,
quando dizia:
- Será você, a rainha da noite? Que
nasceu para fazer-me a corte?
O romance que ali rolava era mesmo um
suspense, tudo era confuso para ambos os
lados. A moça era simpática, mas parecia um
tanto orgulhosa; o rapaz era tímido, porém
esperto, que com seu ar de leveza, viu nela
certa sinceridade e lhe dá um beijo e um
abraço amigável. Minutos depois chama o
garçom para servir a mesa com uma bebida
mais forte. Os dois beberam e se dirigiram para
o interior do salão, dançaram um bolero na
maior calma possível. Ao término da música
foram até o palco receber do cantor um diário
assinado. O que estava escrito não deu para
ler, foram apenas alguns riscos que ele fez, os
quais mais pareciam com assinatura de gringo.
Seja lá o que fosse, a moça beijou-lhe a mão e
saiu se desmanchando de satisfação.
Justamente naquele momento, aparece alguém
com certa intimidade com ela. Cravo, de olhos
arregalados, pergunta:
- Quem é essa gente? - perguntou o
Cravo. Disse a moça:
- Parentes.
Do palco, os dois foram até a mesa de
alguns amigos para conversarem um pouco
sobre a festa. Ao se aproximarem de alguém,
eles os convidavam para sentar -se nas
cadeiras vazias, as quais estavam do lado
de suas mesas, de quem receberam grandes
elogios, o que aproximou ainda mais os dois
a trocarem mais algumas palavras. Depois
de um rápido cumprimento, tendo -se ouvido
o prelúdio de mais um bolero, foram
incentivados a se retirarem da mesa para a
sala de dança e brincarem até o raiar do sol
do dia seguinte.
Cravo e Rosa ficaram naquele baile o
tempo todo, conversando com franca
intimidade. Os amigos também
demonstraram simpatia pelo jovem casal de
namorados, que despontava um futuro muito
próspero.
Quando o show acabou, Cravo
despediu-se dos amigos e da moça que lhe
fazia companhia e se retirou do salão da
festa.
Rosa, que ainda tinha algo importante
para falar-lhe, acompanhou-o até a praça
que ficava
próxima do clube. Lá os dois sentaram-se em
um banco, e, dentro de pouco tempo, falou -
lhe que em breve pretendia viajar para uma
cidade distante, um desejo antigo e que
sempre era adiado. Disse também, que seus
pais estavam se mudando para outro município.
E, finalizou sua fala, perguntando:
- Quando vai me visitar?
Cravo, que era um hábil viajante, disse
a sua amada:
- Logo que você marcar a data, com
todo prazer lhe visitarei. Neste mundo sou
um eterno participante da natureza, das
plantas que brotam dos seus galhos flores tão
cheirosas como você Continuou o rapaz. Não
posso ficar como andorinha desgarrada,
mudando-se de um lugar para outro, quando
bem quiser; fico por aqui sozinho à espera, de
que um dia encontros como este acon teçam
novamente. Sem acanhamento, naquele instante
deu na mão da moça um beijo e partiu para
o seu lar.
A molecada que estava jogando bola
de gude, naquelas proximidades, murmurava
de curiosidade em ver aquele casal saindo
calmamente, em direção contraria um do
outro.
No dia seguinte, Cravo foi a Trizidela
conhecer a família da donzela que havia
encontrado
na festa. Lá, foi carinhosamente, na sala de
visitas, recebido por seus pais. Num sofá,
sentaram-se um pouco, trocaram algumas
informações e retornou para sua casa e nunca
mais se viram.
Um tanto chateado com aquele
abandono, no dia 25, foi à residência de um
velho amigo, um professor que gostava de
dar conselhos para as pessoas deprimidas e,
lá chegando, o velho homem, docemente lhe
recebeu dizendo:
- Meu filho, estou sabendo que você
concluiu o primeiro degrau do seu objetivo
de vida, aprender a ler e escrever.
Brilhantemente coordenou uma das mais
acirradas campanhas políticas já vistas nesta
cidade e, com dinâmica, conseguiu eleger seis
vereadores e, por pouco, o prefeito e o vice
que apoiavam não se elegeram. No entanto,
foi abandonado pela namorada, uma boa
menina, o que certamente tem lhe deixado
um tanto chateado e com vontade de se
mudar deste lugar o mais rápido possível.
Ouvindo aquilo do velho amigo,
agradeceu seus conselhos e voltou para seu
aposento, onde tomou nas suas mãos um
jornal de circulação nacional, que estava na
sua mesa, no qual estava escrito, na primeira
página, a notícia: "Na década de cinquenta,
um bravo presidente da república brasileira,
determinou que o Brasil fosse dividido
ao meio por uma estrada. Máquinas e
homens foram contratados para aquela grande
obra. Em todo seu percurso, rios, riachos e
córregos foram descobertos, os quais estavam
sendo desbravados, o que prometia mais tarde
se tornarem grandes cidades.
Refletindo sobre tal reportagem e os
conselhos do amigo Herculano, imediatamente
ele começou a arrumar as malas, uma passagem
de ôni-bus para um daqueles lugares comprou,
uma viagem que teve inicio às oito horas do
dia trinta de dezembro de mil novecentos e
setenta e um, tendo terminado às dez horas do
dia trinta e um, quando pisou no chão da terra
que escolheu para morar.
Enfim, sem julgar o mérito da história,
apenas comentando o que se passou com um
jovem homem, que deixou de conviver no
meio da sua parentela para aventurar um novo
projeto de vida na cidade, onde observou, no
jardim que floria; a igreja que orou; a escola
que estudou; os bancos da praça que namorou;
abelhas, borboletas e bei-ja-flores lambendo o
néctar das flores que perfumava aquele
ambiente de pura beleza que a natureza criou,
no centro do Estado do Maranhão, um
trabalho, que graciosamente foi intitulado com
o nome de Divina Providência do Cravo e da
Rosa.
Se o estilo manifestado para escrever
este conto foi derramado na cabeça do autor,
pela divina providência daquele que tudo fez,
faz. e fará para o ser humano, sempre
encontrará palavras para expressar o que é
capaz, de produzir.
Dessa forma concluo esta obra, que
certamente servirá de espelho para alguns
dos seus leitores, mais tarde para
transformarem em escritores de romances.
O autor.
A publicação dessa obra, só foi possível
porque teve o apoio das empresas:
Odontofarma, que há 30 anos é líder no
mercado de produtos odontológicos, hospitalar,
farmacêutico, próteses dentárias, livros e xerox.
Rua Ceará, 494 - Centro - Telefax
(99) 538.1105 - Açailândia -Maranhão.
Construcenter, que há 10 anos é líder no
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Mestre não é só aquele que ensina, mas também, aquele que aprende com seus alunos. "Evangelista Mota Nascimento"